segunda-feira, 19 de março de 2012

Calatonia

Este poema eu escrevi quando fazia parte do grupo de Cinesiologia Psicológica no Sedes Sapientiae ministrado por Dr. Pethö Sandór na década de 80.
É com muita gratidão que lembro de seus ensinamentos e utilizo-os até hoje na psicoterapia.
Quero compartilhar com vocês este poema escrito em 10/10/1990.
Mais informações no site: http://www.calatonia.net/


 
CALATONIA

            Tocar os dedos dos pés
            Um a um fazendo polaridades;
            Com os seus dedos das mãos.
            Cada um tem sua função.
            Eles juntos compõe uma orquestra,
            Terá a sua nota, tendo a sua repercussão.
            Os órgãos internos vão se rearranjar.
            Os líquidos do seu corpo vão distribuir
            Harmoniosamente.
            Como deveriam sempre viver,

            Na sola dos pés
            Dois toques apenas; precisos.
            Abrangendo o dorso,
            Abrangendo o corpo todo.
            Pegando o ponto Central
            O cocci a Coluna.

            No calcanhar!
            Que sensação boa de ser carregado.
            Conduzido num colo; do outro.
            Aconchego gostoso, com afeto.
            Para finalmente espalhar
            Todos os estímulos juntos,
            Para o seu corpo todo
            Até o “cocoruto” da cabeça
            Chacra coronário; pode chegar.

            Volta ininterruptamente o estímulo,
            Por fios invisíveis dispersos no seu corpo.
            Há correspondência correta, necessária
            Para o seu “bem estar”!

            Calatonia é
            “Distribuição”
            “Relaxação”
            “Alimentação”
            “Deixar ir”
            “Abrir uma porta”
            “Desatar as amarras de um odre”
            “Perdoar os pais” e muito mais...

            Estar no mundo com o seu Ser Inteiro - Individual - Único.
            Nem que seja só por alguns minutos!
            Amplia seu mundo interno e
            Abre a recepção do simbolismo das representações corporais.
            Podemos, além dos pés,
            Imprimi-la com toques nos dedos das mãos,
            Ou mesmo na cabeça.
            É só você escolher.
            Paciente!
            Calatonia - do verbo KHALAÓ – Grego

            8.08
            10/10/90


sábado, 10 de março de 2012

Pela Vida, Pela Morte!

Quero compartilhar este texto lindo do meu filho, hoje quando perdeu seu avô Oscar Spilak. O título, fui eu que escrevi.



Sinto que preciso escrever algo.

Morte, o que é isso?

Todos sabemos que ela anda a seu lado, mas fingimos que ela não esta lá. Nos fazemos de sonsos, ignoramos-a, nos iludimos para não percebê-la. Mas quando ela chega não sabemos trata-la como já existente, não aprendemos a tê-la como uma coisa real. Então ela vem e te leva pra alguma outra dimensão e deixa outra realidade na vida dos outros que aqui ficaram. Ela planta uma vida dentro de cada um de nós, vida essa que não damos muita atenção, vida essa que encaramos como a morte: sabemos que esta lá, mas a despistamos. Com a morte vem inúmeros sentimentos que nem sempre conseguimos dar nomes a eles, com a morte vem a saudade, o pesar, a dor, a reflexão, o choro, a tristeza e a emoção. Mas a morte também nos traz força, recordações, sentimentos de amor e vida; a nossa própria vida e a dos outros.

Querido Vô não pude dar adeus a você pessoalmente, mas te digo adeus agora e te agradeço do fundo do meu coração e alma por tudo que você foi e deixou para nós, pois sem você meu pai não existiria, eu não existiria e muito menos minha filha existiria. Uma alma se foi e outras tantas ficarão com a certeza de que a sua missão foi cumprida, que algo muito mais valioso que qualquer outra coisa terrena foi deixada por ti: seus descendentes. A cadeia da vida encerrou uma das suas fases, e nós que aqui ficamos temos a obrigação de perdurar e continuar fazendo a vida ter valor e significado. Significado de amor, de bondade, de amizade, de felicidade, de simplesmente estar perto de quem nós gostamos mesmo que seja em silêncio, mesmo que quase invisíveis aos olhos, mas pertinho da alma e perante a Deus.

A vida e a morte são assim, sempre nos levam a pensar mais sobre nós mesmos e principalmente sobre como poderemos agir e fazer algo mais nobre e significativo para aqueles que nos rodeiam, então antes de mais nada quero dizer que AMO todos vocês e que sempre deveríamos e devemos demonstrar nossa gratidão por aqui estarmos.

Muito obrigado Deus, pela vida e pela morte. Amém.
 
Cassiano Ribeiro Spilak